terça-feira, 13 de julho de 2010

Capítulo VIII - Ideia.

A noite se passou, no dia seguinte logo de manhã, Eve já havia acordado. Ela mal conseguiu dormir, ficara pensando em como poderia ajudar Frank. Eram quase oito horas da manhã quando, finalmente, teve a tão esperada idéia.
Fazia cerca de um ano que trabalhava no centro para jovens infratores. A resposta era simples, buscaria em todos os arquivos, o nome da, até então menor de idade, que acusou Frank. Se estivesse lá, poderia conseguir o endereço da mesma e ir atrás dela para tentar convence-la em contar a verdade no julgamento.
Evelyn sentiu-se determinada e iria até o fim desta busca. Acordou Frank.
“Meu bem, acorde! Acho que posso lhe ajudar.” Ela dizia repetidas vezes.
Ele abriu os olhos, acostumou-se com a luz do sol que adentrava o quarto e encarou Evelyn.
“Aconteceu alguma coisa, meu amor?”
“Não disse que a garota que lhe acusou é sua única salvação? Pois bem, eu trabalho no centro para menores, acho que posso conseguir onde ela mora.”
Ele fiou quieto e pensou por alguns segundos.
“Acha mesmo que pode conseguir isso?”
“Bem, você precisa primeiro me contar o que sabe sobre essa garota. Exatamente tudo.”
“O que não é muito. A única coisa que tenho é o primeiro nome e um endereço que há meses não consigo descobrir se é verdadeiro.”
“Pois bem. Anote o nome e o suposto endereço em uma folha qualquer. Só vou me colocar uma roupa e ir direto para o meu escritório. Lá eu peço para Jesse buscar nos arquivos tudo relacionado ao que você me der. Tudo bem?”
“Claro! Amor, eu posso ir junto com você?”
Ela pensou.
“Melhor ficar aqui e aguardar minha volta. Se você for comigo posso levantar suspeitas de algo. Os arquivos do centro estão sob decreto de sigilo. Ninguém, exatamente ninguém sem autorização pode buscar qualquer informação dentro dos arquivos.”
“Eu entendo. Mas você volta no almoço, certo?”
“Sim querido, mas não quer dizer que eu já traga o que você quer. Isso pode levar algumas horas.”
“Os arquivos estão todos no computador?”
“Os mais recentes estão todos, agora em relação aos mais antigos, alguns ainda estão sendo passados para o sistema, por isso Jesse pode demorar para achar algo.”
Evelyn se levantou. Abriu o guarda-roupas e retirou algumas peças para vestir. Estava ansiosa, com esperança de que fosse conseguir algo que pudesse salvar Frank.
Quando foi ao banheiro para escovar seus cabelos, ele à abraçou pela cintura e à beijou suavemente em seu ombro.
“Não sei o que seria de mim sem você, meu anjo. Espero realmente que consiga achar algo que possa me ajudar, mas, se por ventura não conseguir, agradecerei eternamente pelo seu esforço.”
Ela sorriu.
“Farei qualquer coisa por você, Frank.”
Eles sorriram se encarando no espelho.
“Vamos jantar fora hoje?” Ele perguntou.
“Jantar fora?”
“Sim. Comer algo diferente e ver pessoas diferentes.”
“Está dizendo que minha comida não é das melhores?”
Frank riu.
“Não, de maneira alguma. Mas quero conversar com você algo muito importante.”
“Em relação à sua audiência?”
“Não. Em relação a nós dois.”
“Nós dois?”
“Isso e sem mais perguntas. Hoje pela noite iremos jantar, já passamos por momentos de muita turbulência. Merecemos um momento de descanso.”
“Você leu meus pensamentos.”
“Estou acostumado a fazer isso.”
Evelyn riu exultante.
“Convencido.”
Ela se virou para olhar o rosto de Frank.
Se beijaram profundamente.

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